sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Abertas as incrições para o Projeto Museu, Memória e Cidadania

Fia Barroso, Ilda Helena carvalho, Marcianita Barroso e Humberto Câmera Neto na praça de Jacuri - Ao fundo, casa de Dona Alaide Leão, construída no início do século passado e que já foi demolida

À frente, Maria Helena Carvalho e mais ao fundo, de preto, Maria Erdutes Sousa - Memórias de Jacuri não têm arquivamento público e se perde no tempo


O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) divulgou mais uma edição do Edital Mais Museus. Poderão ser beneficiadas cidades com até 50 mil habitantes e que não possuem instituição museológica. A iniciativa faz parte do Programa Museu, Memória e Cidadania e vai formar um banco de projetos que serão apoiados financeiramente durante o exercício de 2010.

Os projetos podem ser elaborados por pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, excetuando-se aquelas vinculadas à estrutura do Ministério da Cultura - MinC, interessadas em obter apoio financeiro para implantação de museus.

O apoio consiste na aquisição de equipamentos e mobiliários; elaboração de projetos para execução de obras e serviços; instalação e montagem de exposições; restauração de imóveis; elaboração de projetos museológicos ou museográfico; e benfeitoria em imóveis.

As inscrições estarão abertas no período de 8 de fevereiro a 10 de março. Os interessados em participar da seleção devem enviar propostas, exclusivamente via postal, para o Departamento de Difusão, Fomento e Economia dos Museus do Ibram/MinC.

Uma observação importante: as inscrições só podem ser feitas pela Prefeitura Municipal, que espero ser leitora desse espaço.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CARNAJACURI foi um sucesso?

CARNAJACURI


Apesar da Prefeitura de Jacuri ter demorado a divulgar e até mesmo oficializar a realização do CARNAJACURI - novo nome dado ao evento - a festa saiu bem melhor do que muitos imaginavam.

Com relação ao novo nome do evento, que antes respondia por "CARNAVACURI", numa de suas breves aparições no palco, o prefeito José de Fátima disse apenas que "agora carnaval em Jacuri é CARNAJACURI". O discurso soou como promessa de uma nova edição da festa no ano que vem.

Diferente do show oferecido na praça na virada do ano, dessa vez a maioria dos jacurienses resolveram prestigiar o evento e vieram ou ficaram na cidade durante o carnaval. Até então, mesmo depois de um ano de gestão do novo prefeito, ainda falava - e fala - alto a dissiparidade entre as pessoas da oposição e os aliados. Estamos em 2010 e é impressionante que ainda haja pessoas com pensamentos tão retrógrados. Após eleito, o novo prefeito é apenas e acima de tudo um funcionário público que recebe um salário para cuidar dos interesses do município. Não é administrador apenas de quem votou nele. Adversários só deveriam existir, se é que deveriam, em épocas de eleição.

Esse detalhe mostra que os jacurienses que não moram na cidade estão voltando a reafirmar suas raízes na cidade. Além do mais, quando um jacuriense que não mora em Jacuri resolve passar por exemplo o carnaval lá, deixa seu dinheiro investido no comércio local, movimenta a economia ao mesmo tempo que prestigia os amigos e os parentes.

Parabéns aos conterrâneos que estiveram em Jacuri no carnaval.

Mas também é fato que em se tratando de festas, os jacurienses ausentes não tiveram muitas oportunidades de estarem na cidade nos últimos tempos. No ano passado a prefeitura não realizou a tradicional Festa do Jacuriense Ausente, segundo informações populares, por não haver recursos para tal. A não realização do carnaval no ano passado também teve a mesma justificativa. Já o reveillon foi comemorado, mesmo que, como diria alguns populares, "nas coxas". Até um dia antes do evento, não havia nenhuma informação oficial sobre a festa e nem informação sobre a banda que faria o show. Eu particularmente estava na cidade na ocasião e arrisco dizer que se a festa tivesse sido preparada com o mínimo de organização, a cidade teria recebido mais pessoas.

E o problema se repetiu no carnaval. Talvez tenha sido por conta da mobilização de algumas pessoas em levar mais gente para a festa que a cidade tenha ficado cheia durante os quatros dias.

Embora o bloco EV tenha se manifestado sobre o carnaval com talvez trinta dias de antecedência no orkut, não houve divulgação com um mínimo de antecedência por parte da prefeitura, dos nomes das bandas que se apresentariam. Eu mesmo solicitei alguns esclarecimentos ao secretário de cultura por e-mail, já que pretendia levar alguns amigos para conhecer a cidade, como costumo fazer, mas não obtive respostas. Talvez no boca-a-boca e no disse-me-disse as notícias sobre o evento tenha corrido soltas, mas acredito que a prefeitura devesse se preocupar também com as pessoas - grande parte, inclusive - que não moram na cidade e precisam acessar informações que são públicas e de interesse dos cidadãos jacurienses.

Embora vários blocos tenham se apresentado com camisetas, apenas o EV desfilou efetivamente. E como todos os outros anos, deu um show de humor e criatividade. Fundado por Marcelo Augusto, hoje secretário de cultura da cidade, o bloco levou para a avenida (avenida?) como mestre-sala e porta-bandeira o ilustre casal Maria Erdutes e João Queirós. O famoso comercial televisivo da SKOL que mostra foliões fantasiados de latinhas de cerveja também compareceu, com a famosa "embalagem com seis". Também não faltou o famoso Bob Esponja, que já é veterano no bloco.

Numa avaliação geral, o evento não teve maiores incidentes. No último dia, o prefeito disse no palanque que os jacurienses poderiam sugerir bandas, dizer o que acharam do carnaval e poderiam inclusive ajudá-lo a montar a programação da próxima festa. Só não sei como ele poderia receber minhas sugestões, por exemplo, por que segundo informações que eu tive, ele não tem e-mail e nem assessoria. Talvez ele seja acessível pessoalmente, mas nesse caso então, não haveria diálogo possível com quem não mora em Jacuri.

Com algumas poucas ressalvas, o CARNAJACURI foi mesmo um sucesso.

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